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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Audiência pública entre AGCC e Full Tilt é adiada, e jogadores seguem "no escuro"

A audiência pública entre a Alderney Gambling Control Commission (AGCC) e o Full Tilt Poker foi um fiasco, e não trouxe nenhum resultado. Ao final de um dia inteiro de deliberações, a audiência foi remarcada para o dia 15 de setembro.
Com isso, a segunda maior sala de poker virtual do mundo continua fora do ar por, pelo menos, mais um mês e meio. Sem licença para trabalhar desde o dia 29 de junho, o Full Tilt completará, no mínimo, dois meses e meio sem funcionar.
Teoricamente, a audiência deveria responder algumas dúvidas do público, mas os advogados do Full Tilt em Londres conseguiram convencer a Comissão a adiar a reunião, argumentando que a audiência pública poderia prejudicar uma possível venda do site.
Antes disso, os advogados do site já haviam pedido que a audiência fosse privada, e não em frente às câmeras e à imprensa presente no Victoria Park Plaza Hotel, na capital da Inglaterra.
Depois disso, em acordo com a equipe de advogados do Full Tilt, a AGCC decidiu adiar a audiência até "pelo menos dia 15 de setembro" para que a empresa possa continuar negociando sua venda, que pode ser melhor para os jogadores que estão com suas contas congeladas.
Antes do adiamento, já havia surgido a informação de que o site deve 250.000 libras para a AGCC, e o Full Tilt se comprometeu a pagar o valor "dentro de sete dias", caso a audiência fosse adiada.
Ao final da esperada audiência, nenhuma novidade sobre a situação da empresa foi divulgada, e os jogadores ainda estão no escuro em relação ao que vai acontecer com o site no futuro.

Red Pros brasileiros se manifestam no Twitter e criticam silêncio do Full Tilt Poker

Notícia enviada em 26/07/2011. Red Pros brasileiros se manifestam no Twitter e criticam silêncio do Full Tilt Poker Felipe Mojave e Raul Oliveira usaram o Twitter para criticar o silêncio do Full Tilt Os jogadores brasileiros que tinham contrato de patrocínio com o site Full Tilt Poker decidiram falar. E foram unânimes em reclamar da postura da empresa desde que os acontecimentos da "Black Friday" culminaram com o fechamento do site. Nesta terça-feira, o Full Tilt deveria apresentar uma plano de "reconstrução" da empresa - que permita o pagamento dos jogadores norte-americanos - para a Alderney Gambling Control Commission (AGCC), entidade que cassou a licença de funcionamento do site. No entanto, o FTP não conseguiu apresentar uma solução e teve a decisão sobre a volta da licença adiada para setembro. Além disso, nenhum comunicado oficial foi emitido pela empresa comentando o assunto.
"Acabo de ver a noticia do adiamento do prazo do FTP. Realmente, mais uma triste notícia dessa péssima novela", desabafou Raul Oliveira, um dos primeiros brasileiros a ser patrocinado pelo site, em sua conta no Twitter. "Quero deixar claro que, desde 29/6, não consegui uma notícia deles, nem um email sequer. No momento, ser RedPro ou não é a mesma coisa", completou.
"Hoje, sinceramente, achava que o FTP teria boas novas. A falta de comunicação é de fato irritante e, assim como vocês,eu não tenho nenhuma resposta", comentou Christian Kruel, outro pioneiro do FTP no Brasil, também na rede de microblogs.
Felipe Mojave foi além: "Desde 29/6, oficialmente, não tenho mais o FTP como meu patrocinador. Nem contato, nem notícia. Nem do time, nem de quem me contratou. Agora é torcer para que o improvável aconteça e que sejamos pagos, pois o respeito com seus profissionais e clientes zerou. Tenho certeza que fiz um bom trabalho pela empresa, de acordo com as funções e responsabilidades que tinha. Fui fiel e otimista, além da conta", disse em sua página @FelipeMojave.
Assim como Raul, Mojave também aproveitou para explicar que os Red Pros não tem como ajudar os jogadores que têm saldo bloqueado no site: "Os prós do FTP tinham ligação direta com o site, seja administrativa ou societária. Sendo assim, nada mais correto que eles respondam. Já os RedPros, como os brasileiros, apenas representavam o site como "jogadores patrocinados", portanto não terão esse problema, obviamente", afirmou.
Para terminar a sessão de mensagens sobre o assunto, Mojave ainda disse que pode acertar contrato de patrocínio com outra empresa. Questionado sobre esta possibilidade por outro usuário da rede, respondeu: "Profissionalmente, estou aberto a novas propostas".
Enquanto isso, aos jogadores que têm saldo bloqueado no Full Tilt Poker, só resta esperar. Até, pelo menos, 15/9, data da próxima reunião dos gestores do FTP com a AGCC.

Com matéria em diário esportivo desta terça, TV Globo diz que poker é esporte

Nem o próprio André Akkari poderia imaginar que a conquista do bracelete de ouro do Evento 43 da WSOP 2011 se tornasse tão importante para a legitimação do poker como esporte no Brasil. Nesta terça-feira, o título mundial foi o assunto principal do noticiário esportivo mais importante da televisão brasileira.
Com uma chamada que dizia "esporte da mente", foi ao ar na edição de São Paulo do Globo Esporte uma matéria gravada pelo jornalista Bruno Laurence durante o Brasil Poker Tour, disputado no último final de semana, com um perfil de André Akkari e imagens - cedidas pela TV Poker Pro, Mostarda Filmes e pelo Fórum 4Bet - da festa brasileira no salão do Rio Hotel & Casino, em Las Vegas.
A matéria não só representou um entendimento do maior veículo de comunicação do país sobre o que realmente é o poker esportivo, mas também fez isso com um alcance inimaginável para o poker, que há muitos anos luta para se livrar da alcunha de jogo de azar.
Laurence ressaltou, entre outras coisas, o fato de o poker ter sido aprovado na International Mind Sports Association (IMSA) como esporte da mente, assim como o xadrez.
O jornalista até brincou com o fato de, mesmo sendo um esportista, Akkari não ter um físico exatamente atlético. Mas, logo depois, contou como funciona a maratona de um grande torneio de poker, onde os jogadores passam 12, 14 horas por dia sentados em uma mesa, sem poder perder a concentração.
Se a ESPN foi a responsável por popularizar o poker no mundo e no Brasil com as transmissões da World Series, o Globo Esporte (SP) desta terça acelerou bastante este processo. Agora, mais algumas milhões de pessoas sabem que poker é esporte.
http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM1576445-7824-BRASILEIRO+E+CAMPEAO+MUNDIAL+DE+POKER+NOS+ESTADOS+UNIDOS,00.html

Homenagem a Véia no BSOP

domingo, 17 de julho de 2011

Com "misto de alegria e tristeza", Alê Gomes anuncia sua saída do PokerStars

Alexandre Gomes não é mais jogador do PokerStars. Nesta sexta-feira, o jogador mais vitorioso do poker brasileiro publicou um texto em seu site explicando a saída do time de profissionais do qual fez parte nos últimos três anos.
"Com um misto de alegria e tristeza, trago pra vocês a notícia de que, a partir dessa semana, não faço mais parte do time do Pokerstars", escreveu Alê, que também aproveitou para exaltar o tempo que passou como jogador do site.
"Foi um período mágico pra mim, onde tive oportunidades incríveis que, sem dúvida nenhuma, não teria se não estivesse vinculado a uma empresa séria e líder de mercado como o PS. Sem falar ainda que esses três anos de contrato me proporcionaram chegar a resultados expressivos que superaram qualquer expectativa minha pessoal", continuou o craque.
Alê explicou, sem muitos detalhes, o motivo de não ter renovado com o patrocinador. "Dada a mudança radical do cenário do poker mundial (Black Friday em especial e etc.), as condições hoje oferecidas em termos de contrato profissional não trazem mais, ao menos pra mim, interesse que justifique me manter atrelado a esse tipo de contrato", escreveu.
Segundo Alê, sua saída do PS vai diminuir "drásticamente" sua participação nos torneios do circuito mundial. Ao mesmo tempo, o "lado bom" é que terá mais tempo para dedicar ao primeiro filho, que vai nascer no próximo ano, e aos negócios que tem fora e dentro do mercado do poker, uma vez que a rotina de obrigações como jogador do PS era muito puxada.
O craque curitibano também deixou seu recado para os colegas de time. "Desejo toda sorte do mundo ao Pokerstars e aos amigos Akkari (que destruiu em Vegas trazendo o segundo bracelete do WSOP pro nosso país), Gualtinho e Diego Brunelli, que continuam como representantes da empresa no nosso grande e promissor mercado brasileiro".
Alexandre Gomes é o jogador mais vitorioso do poker nacional. Além de ter feito mesa final de todos os cirtuitos mais importantes do mundo (WSOP, WPT, LAPT, PCA e EPT), ele foi o primeiro brasileiro a ganhar um bracelete da WSOP (2008) e ainda é o único com um título de WPT (Bellagio Cup, 2009). Com US$ 3,4 milhões em prêmios em torneios ao vivo, Alê é, de longe, o líder de premiações entre os brasileiros. André Akkari é o segundo com mais premiações, US$ 940 mil.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

PokerNews cancela parceria com Full Tilt e recomenda jogar em sites concorrentes

O PokerNews, um dos sites de poker mais visitados do mundo, não é mais afiliado do Full Tilt Poker. Com isso, o site de conteúdo deixou de indicar jogadores para o site de poker.
A mudança se deu devido às complicações que o Full Tilt enfrenta desde a "Black Friday". Depois de ter seus fundos confiscados pelo Departamento de Justiça dos EUA e pelo FBI, o Full Tilt sofre para conseguir pagar os jogadores norte-americanos, que estão impossibilitados de acessar suas contas.
O site vem sofrendo uma série de ataques de diversas pessoas, inclusive jogadores dos quais é patrocinador, como Phil Ivey, que recentemente afirmou que não participaria mais da WSOP em respeito aos jogadores com saldos bloqueados no Full Tilt - além disso, o astro entrou com uma ação judicial na qual pede US$ 150 milhões por danos morais.

Tony G, propietário do PokerNews, também se manifestou recentemente, cobrando explicações do Full Tilt. Agora, o site de notícias informa em sua homepage que "devido às atuais circunstâncias, não pode mais, de boa fé, recomendar a seus leitores que joguem no Full Tilt".

O PokerNews tem uma seção que indica diversas salas de poker aos visitantes, com links para download, reviews e outros serviços. O link do Full Tilt, entretanto, já não funciona mais.

"Gostaríamos de recomendar algumas outras excelentes opções de sites de poker, como o PokerStars, o PartyPoker e o William Hill, ou algum outro de nossa lista de sites de poker", completa o comunicado

Phil Ivey jogará Main Event da WSOP se investidores salvarem o FTP, diz Greenstein

O Main Event da World Series of Poker (WSOP) 2011 começa no próximo dia 7, quinta-feira. E o principal torneio da maior série de poker do mundo pode ganhar um reforço de peso. Segundo o membro do PokerStars Team Pro, Barry Greenstein, Phil Ivey, que anunciou que não participaria de nenhum evento da WSOP, poderá jogar o torneio.
A informação de Greenstein surgiu pouco depois de uma reviravolta no caso entre Ivey e o Full Tilt. Tudo começou pouco depois da "Black Friday". Com a ação das autoridades norte-americanas, o site sofreu um duro golpe, teve de deixar os EUA e não conseguiu pagar os jogadores daquele país.
Inconformado, Ivey anunciou que não participaria da WSOP , em respeito aos jogadores com saldo bloqueado no site do qual ele era garoto-propaganda. E foi além: anunciou que processaria a Tiltware, empresa responsável pelo software do Full Tilt Poker, e pediria US$ 150 milhões de indenização por danos morais.
No entanto, quando apareceu a possibilidade de um grupo de investidores europeus comprar o FTP e quitar suas dívidas, surgiu a história de que Ivey, além de retirar o processo judicial contra a empresa, poderia também disputar o último evento da WSOP 2011.
Em entrevista concedida em Las Vegas, Greenstein, amigo muito próximo de Ivey, confirmou a história. Afirmou que Ivey deve aparecer no Rio All-Suite Hotel & Casino nesta semana, mas condicionou isso ao acerto de contas do FTP através dos novos investidores.
Recentemente, devido à falta de respostas e ações do FTP para resolver as dívidas, o site teve sua licença de funcionamento cassada e deixou de funcionar. A suspensão é válida até o dia 26 de julho, quando a empresa deverá mostrar soluções para seu problemas, com o risco de perder a licença definitivamente caso isso não aconteça.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Flavio Gomes cai na provocação, diz que poker é pif-paf e vira "inimigo" no Twitter

O título de André Akkari no Evento 43 da WSOP 2011 não foi só alegrias. A euforia pelo bracelete histórico também criou uma espécie de "inimigo" do poker brasileiro. Tudo começou no dia 8 de junho, quando, via Twitter, os jogadores de poker Vini Marques e Victor Marques discutiram com o jornalista Flavio Gomes, aparentemente por se sentirem desrespeitados pelos comentários de Gomes sobre a opinião de Vini em relação à regra dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro de futebol.
Irritado, um deles até ameaçou Gomes caso o encontrasse na rua. A resposta do jornalista, como de costume em sua conta no Twitter, foi sarcástica. "Hahaha! Tô sendo trollado por jogadores de... pôquer! Uau! Pôquer é igual a pif-paf?" perguntou o jornalista da ESPN.
Ao fazer a piada com o pif-paf - jogo de baralho da "família da Cacheta" -, ou com frases como "Texas holdem é nome de lanchonete?", Gomes teve de lidar com a revolta de outros usuários do microblog. Até André Akkari, colega de Gomes na ESPN, se irritou com as brincadeiras.
"Quer dizer que poker não precisa pensar, Flavio Gomes? Que vergonha! Preconceituoso, infantil e, pior de tudo, mal agradecido!", escreveu no @aakkari. A resposta de Gomes veio como retweet (RT): "Atari? RT @semosso: Acompanhem o @aakkari todo revoltado com o @flaviogomes69 porque o baixinho comparou poker a pif-paf".
No dia 9 de junho, o assunto continuou a aparecer no Twitter de Flavio Gomes: "magina... Tudo gente boa, tolerante, moderna. RT @Marcelodarw: A reação dos poqueiros à zoação só reforça que o mundo tá chato pra caralho", foi a último post de @flaviogomes69 sobre poker. Até a última terça-feira, duas semanas depois.
Quando André Akkari conquistou o título do Evento 43 da WSOP 2011, seus torcedores lembraram de Flavio Gomes, e passaram a cutucar o jornalista. Gomes caiu na provocação, e a discussão recomeçou mais forte ainda. @OmahaBrasil foi o primeiro a provocar.
"Akkari campeão mundial de poker!!! Chupa @flaviogomes69". O jornalista alfinetou: "Nossa! Por isso a Paulista tá parada?" respondeu. Gomes aproveitou para fazer um trocadilho com o sobrenome do campeão mundial. Confira:
O comentário acima desencadeou uma chuva de mensagens sobre o tema
Apesar de alguns fãs de Akkari perderem a razão ao xingarem o jornalista, Gomes não chegou a insultar ninguém, mas continuou sendo sarcástico. O SuperPoker separou algumas de suas tuitadas:
"São uns jogadores de pif-paf. Meio loucos. RT @edfranciscatto: @flaviogomes69 Por que toda essa violência contra você?"
"Vc é solteira? RT @Maridu: o dia q vc quiser trocar idéia p entender melhor sobre a complexidade do poker, eu tô a dispô :) Abs"
"Ui. RT @DanielCantera: @flaviogomes69 @Maridu Nem de bola, ele trata todo mundo mal, sindrome de pinto pequeno deve ser"
"É que nem pif-paf. RT @DiegoLuso: @flaviogomes69 @Maridu desde qdo poker é complexo???"
"Um tipo de pôquer. RT @Itamar_Felipe: Afinal de contas o que é Pif-Paf @flaviogomes69??"
Nota da redação: Curiosamente, Flavio Gomes é um jornalista especializado em automobilismo, esporte que, como o poker, também sofre preconceito. Assim como algumas pessoas consideram o poker um jogo de azar, o automobilismo é questionado como esporte porque os carros são mais importantes que os pilotos.
A diferença é que existem dezenas de estudos científicos (nacionais e internacionais) provando que, no poker, a habilidade prevalece sobre a sorte. Enquanto isso, a cada domingo de Grande Prêmio, a Fórmula 1 prova que no automobilismo, é o carro que ganha campeonatos.
Portanto, é possível que as piadas de Flavio Gomes sejam apenas mais uma de suas provocações sarcásticas no Twitter, ou uma resposta às inúmeras mensagens agressivas que recebeu dos fanáticos por poker. Principalmente porque o veículo em que Gomes trabalha é um dos grandes responsáveis pela popularização do poker no Brasil e no mundo.

A Saga de Andre Akkari, Brasileiro e Campeão do Mundo

Na última Terça-Feira, o mundo do poker se curvou à habilidade e ao carisma de um grande brasileiro. Andre Akkari, PokerStars Team Pro e um dos pioneiros do esporte no Brasil, voltou ao Rio Casino com uma difícil missão: bater Nachman Berlin no heads-up e conquistar o bracelete do Evento #43 das World Series of Poker.
Quando o duelo final começou, na Segunda-Feira, Berlin liderava, com uma vantagem em fichas na ordem de 2:1. No dia seguinte, a desvantagem de Akkari havia aumentado, e no momento era de quase 3:1. Na verdade, tal desvantagem nunca foi um problema tão grande para o brasileiro. Akkari souber ser paciente e escolher os melhores spots para alavancar o seu stack. De fato, o caminho de Akkari foi "estreito" por quase todo o tempo. O jogador paulista avançou ao Dia 2 com apenas 17,200 fichas, o 292º stack entre os 385 sobreviventes. Ao Dia 3, apenas 34 se classificaram, com Akkari na 32ª colocação.
No inesperado Dia 4 (retorno do heads-up), Akkari precisou de paciência e persistência. Seu adversário jogou duro, e por muitas vezes recuou com medo de dobrar o brasileiro. De fato, todos sabiam que, se Akkari dobrasse suas fichas, o norte-americano ficaria em maus lençóis. E assim o heads-up seguiu: raise, fold, limp, check, bet flop, fold, check check, e por aí vai. Poucas third bets pre flop foram vistam, quase sempre acompanhadas de um fold.
Por mais de três horas, o Brasil parou (ou a comunidade do poker nacional). A cada F5, seja no twitter ou seja nas diversas coberturas disponíveis, novas informações e mais tensão. Em Vegas, uma ensurdecedora torcida verde e amarela cantava, gritava e apoiava o brasileiro em todos os momentos. Não se fala em outra coisa no mundo do poker.
Quando tudo terminou, a torcida simplesmente invadiu a área do torneio. Todos queriam abraçar o novo campeão do mundo. Akkari começou seu discurso de campeão dizendo: "Ae gringaiada, respeita essa p#@$%" e BOOOOOM, o cassino quase foi abaixo... Pouco depois, a torcida "puxou" o Hino Nacional, um dos momentos mais marcantes do dia, talvez das WSOP 2011.
É campeão!!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tornando-se um grinder.

Dusty “Leatherass” Schimidt é um dos grandes “grinders” do mundo online, e constantemente perguntam à ele como é possível jogar tanto poker (Mais de 1 milhão de mãos por ano! E mais de 7 milhões nos últimos 4 anos).
Pergunte à Dusty e você receberá apenas meia resposta. Não que ele esteja escondendo algo, ele apenas não sabe inteiramente como ele consegue. Dusty é como outros grandes esportistas profissionais, com tremenda habilidade, mas sem entender por completo porque são assim.
Se você quer grindar, assim como ele, não é suficiente entender o que Dusty faz hoje, mas também o que ele fez para chegar onde está. Isso não aconteceu do nada, é algo que foi trabalhado dia após dia.
O grind é uma habilidade reservada aos que tem disposição para trabalhar seu jogo. Não é algo que Dusty, ou qualquer outro, tenha nascido com. Isto foi aprendido.
Aqui vão algumas das características principais que um grinder precisa ter:
1. Dedicação - Muitos não sabem, mas a habilidade de jogar sessões monstruosas que Dusty tem, veio do golf. Acertar centenas de bolas de golf por dia requer o mesmo nível de dedicação que o poker, e Dusty faz isso desde os 8 anos. Dedicação exige consistência, especialmente quando as coisas vão mal. Seja indo bem ou mal, seja cansado e sem foco, confuso e cheio de dúvidas, ou fazendo move up em stakes e runnando super bem, dedicação significa aplicar-se ao jogo todos os dias, não importa o que aconteça.
2. Corra atrás - Dusty estava disposto a trabalhar duro pelo seu sonho de ser bem sucedido. Seja o poker ou no golf, quando ele põe algo em mente, ele quer ser bem sucedido ao máximo. Essa determinação fez ele correr atrás de seus sonhos como poucos. Você não precisa mirar o top do highstakes, mas, acima de tudo, precisa correr atrás do que você quer.
3 – Maratona. Grindar requer uma capacidade mental comparável à capacidade física para disputar uma maratona. É importante desenvolver sua mente para que ela se torne capaz disso. Quando Dusty começou a jogar poker, ele já tinha a mentalidade preparada para essas sessões gigantescas. Freqüentemente os jogadores acreditam que grindar é fácil, criam muitas expectativas e acabam caindo muito rápido. Se você criar muitas expectativas tão cedo, sua mente irá quebrar, assim como seu corpo caso você decidisse correr 30 km, quando seu corpo agüentaria apenas 5. Pense em moldar os músculos de seu cérebro baseado no que você pode fazer, não no que você quer fazer. Então, se é fácil para você jogar uma sessão de 90 min., acrescente mais 10 ou 15 minutos. Quando 100 minutos forem fáceis para você, adicione mais 15. Repita este processo.
4 – Pressione a si mesmo. Trabalhar os músculos da mente significa que será preciso pressionar a si mesmo quando estiver cansado, tiltado, distraído, ou qualquer outro motivo que leve a tempos difíceis nas mesas. Poucos notam que esses momentos acontecem quando estamos no processo de aprendizado do grind. Desistir é fácil. Aprender a grindar é difícil. Esforce-se ao máximo, e o grind logo se tornará fácil.
5 – Descansando. Para correr mais longe, você precisa de músculos mais fortes e maiores, para grindar por mais tempo, você precisa de mais neurônios (os músculos do cérebro). Tanto músculos quanto neurônios crescem quando descansamos, não quando treinamos. Se você quer um cérebro maior, você precisa treinar e depois descansar. Descansar significa ter um tempo longe do poker e dormir de forma correta. E, depois de um dia em que você realmente se esforçou nas mesas, descansar ainda mais. Seu cérebro precisará disso.
6 – Automatização. De todas as decisões que Dusty toma na mesa, menos de 3% necessitam de pensamentos mais elaborados. Com 7 milhões de mãos para trabalhar, tiveram poucas situações que desafiaram ele. A maioria foi automática. Decisões que requerem pensamentos elaborados consomem energia mental. Dusty grinda de forma fácil, por que ele sabe poupar sua energia mental, usando apenas uma fração do que a maioria dos jogadores usa. Ele pode jogar mais, jogar mais mesas, jogar mais mãos gastando muito menos energia do que um jogador normal usa. Tomar decisões de forma automática sem jogar 7 milhões de mãos é complexo. Duas dicas para isso são: 1) Mantenha-se continuamente focado em eliminar pequenos erros; 2) Revise decisões difíceis. Você aprenderá muito delas.
7 – Removendo erros mentais. Problemas como tilt, ansiedade, foco, motivação, etc, podem ser postos de lado para grindar, mas apenas por pouco tempo. Fora o estrago que eles podem causar em seu jogo, eles causam uma perda colossal de energia. Se você quer jogar uma quantidade gigante de mãos, eles precisam ir embora.